Terras do Brasil-
D. Pedro de Alcântara
Espavorida
agita-se a criança,
De noturnos
fantasmas com receio.
Mas se
abrigo lhe dá materno seio,
Fecha os
doridos olhos e descansa.
-
Perdida é
para mim toda esperança
De volver ao
Brasil; de lá me veio
Um pugilo de
terra, e nesta, creio,
Brando será
meu sono e sem tardança.
-
Qual o
infante a dormir em peito amigo,
Tristes
sombras varrendo da Memória,
Ó doce
Pátria, sonharei contigo!
-
E entre
visões de Paz, de Luz, de Glória,
Sereno
aguardarei, no meu jazigo,
A Justiça de
Deus na voz da História.
-
Em: Poetas Cariocas em 400 anos,
seleção de Frederico Trotta, Rio de Janeiro, Editora Vecchi:1965, pp.149-150
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